sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Corialish e Vermiliosh


Os Corialish eram uma raça de idade média ou seja andavam por Outaviash há já algum tempo não sendo todavia daquelas raças que se perdem na memória. Fisicamente eram assim umas bolas de pêlo que variavam de cor entre o branco mesmo branco e uns tons roseados tendo membros anteriores e posteriores que lhes permitiam mover-se de forma lenta e manejar objectos de forma atrapalhada. Seriam uma raça condenada ao fracasso e à rápida extinção não fora terem sido escolhidos como local de acasalamento por uma outra raça que se identificavam entre si como os Vermiliosh e que eram voláteis e gasosos.

É fácil perceber a razão pela qual os Corialish não teriam possibilidade de sobreviver em Outaviash pois moviam-se com dificuldade e a sua carne uma vez esfolada a grossa camada de pêlos era muito gostosa e apreciada e comestível para a maior parte das outras raças e por outro lado a sua pouca habilidade não lhe permitia construir armas nem desenvolver defesas naturais. Sobreviveram e prosperaram porque no imediato instante em que nasceram os primeiros Corialish foram adoptados pelos Vermiliosh que fisicamente não são mais do que um gás altamente nutritivo e que apenas sobrevive ao ar livre por um período de tempo muito curto e por isso o seu objectivo é rapidamente serem comidos.

Na ordem natural da vida em Outaviash os Vermiliosh procuram serem comidos porque é a única hipótese de poderem foder antes de morrerem ou neste caso dispersarem-se inutilmente. Quando um Vermiliosh é comido tem muitas boas possibilidades de encontrar outros Vermiliosh pelo caminho durante o processo digestivo dos Corialish e ai é que fodem e esse ocaso é algo magnífico e um momento de prazer sublime para os Vermiliosh e uma dor atroz para os Corialish na forma de uma descarga que em termos leigos podemos classificar por simplicidade de comparação como eléctrica e potente.

Os Vermiliosh constituem uma fonte de alimento completa para os Corialish e como resultado do seu acasalar são geradas muitas crias que no inicio da vida são imunes aos ácidos do processo digestivo dos Corialish e têm a capacidade de se expandirem e produzir uma grande pressão interna e tão intensa que os Corialish tem necessidade de os expelir de forma violenta e ruidosa pelo orifício mais acessível que neste caso será o cu.

De uma forma simples podemos dizer que os Vermiliosh nascem no estômago dos Corialish e passam a sua infância a navegar no seu intestino e emergem já maduros e adultos pelo cu e flutuam até encontrarem um nariz ou uma boca sendo ingeridos maduros e férteis e desesperados por acasalar de uma forma electrizante morrendo consumidos mas não sem antes libertarem uma nova prole que iniciará um novo ciclo de vida.

Se atendermos às necessidades básicas dos Corialish elas estão inerentemente garantidas pois não precisam de se preocupar em procurar o que comer e tendo em conta que vivem em comunidades abertas de preconceito foder é fácil. O que se poderá perguntar com razão é como conseguem sobreviver aos seus predadores sem formas de defesa naturais e sendo assim tão apetitosos mas a pergunta só é razão para quem nunca tiver cheirado de perto um Vermiliosh. Pois nem é possível descrever por palavras sem artifícios um cheiro tão horrível como o dos Vermiliosh e o pior de tudo é que não há dois que cheirem de forma igual. Ninguém no seu juízo próprio ou sem ter mesmo muita fome se aproximaria de livre vontade de um Corialish.

Uma outra característica interessante dos Corialish é a de possuírem um órgão sexual altamente flexível e de tamanho descomunal quando comparado ao resto do corpo e é tão grande que quando enfiado no cu de outro Corialish consegue chegar ao seu estômago e libertar uma enzima lubrificante que põe as crias dos Vermiliosh num estado letárgico e dormente. Assim e para que o cheiro não se torne tão insuportável os Corialish passam grande parte do seu tempo de vida a enrabarem-se uns aos outros hábito que não é visto com agrado pelas outras raças porque constitui uma forma de sexo sem fins reprodutivos.

Terá sido por terem que passar a vergonha de se enrabarem uns aos outros ou em alternativa se peidarem ruidosamente e de ter que viver no meio de um cheiro horrível e de terem que sofrer dores atrozes pela simples necessidade de comer que os Corialish um dia decidiram parar de se foder uns aos outros e nomear dois escolhidos para iniciarem a sua procura.

4 comentários:

  1. Estava eu aqui a ler e juro-te que me chegaram às narinas cheiros pestilentos de matizes diferentes...

    Só faltou acrescentar «Não perca as cenas dos próximos capítulos»...

    Muito inspirador (ok, piadinha fácil...)!

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  2. Constancinha & Carlota têm a honra de convidar V.Exa para a inauguração da casa de chá e maus costumes, que é a nossa.

    Cordiais cumprimentos,
    Constancinha e Carlota

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  3. Bem, que raça mais desafortunada...

    É caso para dizer que sobrevivem, porque ser enrabado sempre deve ser complicado, respirar coisas putefractas também e eu assim preferia servir de alimento a alguém. Ou não, ou não...

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